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“É uma fala de prudência, porque, veja bem, lá [na reunião de domingo] não estavam os 513 parlamentares. Como é que ele pode tomar uma decisão de aprovar ou não sem ouvir as bancadas? As bancadas não estavam reunidas, foram informadas pelos líderes. Então, evidentemente, vai haver uma sensibilidade natural”, disse Haddad, nesta terça-feira (10), após encontro com o presidente Lula.

Na véspera, durante evento promovido pelo jornal Valor Econômico, em São Paulo, Motta declarou que o Congresso não tem compromisso prévio com a aprovação das medidas que devem integrar a Medida Provisória (MP) alternativa ao decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

“Penso, na verdade, que além dessas questões que foram discutidas ontem, não há, do Congresso, o compromisso de aprovar essas medidas que vêm da MP”, afirmou Motta.

Ele ressaltou que o compromisso é com o debate e a análise das propostas. Segundo ele, a MP vai elevar a tributação sobre o Imposto de Renda (IR) incidente sobre os Juros sobre Capital Próprio (J), e o Congresso poderá barrar parte das propostas.

“Se o Congresso não concordar com muitas das medidas que o governo vai trazer, vai haver um descasamento”, disse na ocasião.

As declarações ocorreram um dia após Haddad apresentar a líderes do Congresso um pacote com quatro medidas principais para viabilizar o ajuste fiscal de 2025.

Entre elas, estão uma MP com medidas de compensação de arrecadação, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para revisar benefícios tributários, o compromisso com a revisão e com o controle de gastos primários.

O ministro da Fazenda destacou que, apesar das dificuldades, as propostas da pasta vêm sendo aprovadas após negociações.

“Qual foi a medida da Fazenda que não foi aprovada depois de uma negociação? Nós estamos aqui há dois anos e meio negociando medidas que afetam o andar de cima”, afirmou.

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