O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelos segmentos de Limpeza e Conservação, Saúde, Beleza e Bem-Estar, e Hotelaria e Turismo.
De acordo com os dados, todos os segmentos monitorados registraram crescimento, com destaque para Limpeza e Conservação, que teve o maior avanço percentual: 16,3% em relação ao mesmo período de 2024.
A pesquisa foi realizada com redes que representam cerca de 46% do faturamento e 31% das operações do setor.
O crescimento foi atribuído à alta demanda por serviços do tipo, expansão de modelos de lavanderias de autosserviço, mudanças no estilo de vida da população e redução na contratação de trabalhadores domésticos.
O segundo maior crescimento foi observado em Saúde, Beleza e Bem-Estar, que cresceu 14,9%. O desempenho foi impulsionado pela ampliação do setor farmacêutico e pelo fortalecimento das farmácias como hubs de saúde, oferecendo serviços como vacinação e exames rápidos.
A digitalização e o uso de inteligência artificial (IA) também contribuíram para o crescimento do setor. “A atratividade para o público 50+, que tradicionalmente prefere as lojas físicas, também foi um fator importante”, destacou a ABF.
Hotelaria e Turismo ocupou a terceira posição entre os segmentos que mais cresceram, com alta de 14,7%. A expansão foi puxada pela demanda crescente por viagens, tanto a lazer quanto corporativas, e pela melhora do poder de consumo das famílias após o crescimento de 3,4% do PIB em 2024.
Investimentos públicos e privados em infraestrutura, conectividade e malha aérea também colaboraram com o resultado.
Outros segmentos com desempenho expressivo foram Alimentação – Food Service (13,7%), Serviços Automotivos (12,6%) e Entretenimento e Lazer (11,5%).
Para o presidente da ABF, Tom Moreira Leite, o resultado reflete a capacidade de adaptação do setor.
“Nesse primeiro trimestre do ano, o franchising driblou restrições, como por exemplo, a alta taxa de juros (Selic) e o bolso mais apertado do consumidor, para atingir resultados relevantes”, afirmou.
Ele também ressaltou que a ausência da Páscoa no primeiro trimestre — ao contrário de 2024 — impediu um desempenho ainda melhor.
O primeiro trimestre deste ano encerrou com saldo positivo na abertura de franquias, com acréscimo de 7.354 operações, totalizando 198.730 unidades em funcionamento.
De acordo com os dados, o setor empregava diretamente 1,728 milhão de pessoas até o fim de março.
A pesquisa revelou ainda mudanças no perfil de localização das franquias. Embora lojas de rua (53,5%) e de shoppings (16,9%) ainda predominem, houve crescimento nas operações em supermercados e galerias, que aram de 4% para 6,6%, e nas franquias home based, de 7,8% para 10,9%.
“Esses dados revelam que o setor de franquias continua seu processo de diversificação dos seus modelos de negócios, seguindo tendências de consumo e atento à presença estratégica nos diversos mercados, levando suas marcas por todo o País”, concluiu Tom Moreira Leite.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais