Garnier, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi o único integrante das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe.  

De acordo com as investigações e relatos de testemunhas já ouvidas, Garnier teria colocado as tropas da Marinha à disposição de Jair Bolsonaro (PL). 

Leia Mais

O papel de Garnier na trama golpista foi um dos pontos de divergências dos depoimentos dos ex-comandantes do Exército Freire Gomes e da Aeronáutica Baptista Júnior ao STF nas últimas semanas.  

Segundo Baptista Júnior, Garnier teria colocado tropas à disposição de Bolsonaro, sinalizando apoio ao golpe. Freire Gomes, no entanto, minimizou o gesto e negou ter interpretado como conluio, apesar de declarações anteriores à Polícia Federal indicarem o contrário. 

Pelo plano, Garnier foi denunciado por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes. 

Interrogatório

O interrogatório é etapa essencial da fase de instrução penal, onde são colhidas novas provas no processo. Ele foi realizado presencialmente no plenário da Primeira Turma, em Brasília.  

Até o momento, já depam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid; e o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.  

Quando encerrados os interrogatórios, as defesas serão intimadas e terão o prazo de cinco dias para requerer diligências complementares, ou seja, novas investigações ou medidas consideradas necessárias. Depois disso, deverão apresentar suas alegações finais, no prazo de 15 dias.  

Em seguida, o ministro relator do caso prepara seu voto e libera o caso para julgamento. Marcado pelo presidente da Turma, Cristiano Zanin, o julgamento decidirá pela condenação ou absolvição dos réus.

Tópicos
Almir Garnier SantosBolsonaroPlano de golpeSTF